CREACIÓN MALDITISTA Todos lo hemos probado alguna vez Nos hemos sentado a la máquina de escribir con un par de botellas de vino unas latas de cerveza y un par de paquetes de Cámel sabiendo que la inspiración llegaría en algún momento
Ebrio de sufrimiento los poemas ensayan su dolor en el canto de un vaso ciego Después de un par de dedos de Jack Daniel´s Una calada al pulmón más tarde Te sientes tan seguro que el paso del tiempo apenas importa demasiado El artista ha vuelto, piensas paladeando cada instante que precede al advenimiento de la palabra adecuada Entonces te imaginas los sesos de Hemingway desparramados por la terraza o a Roberto Bolaño soñando con su trasplante en la habitación de un hospital
Y te lanzas, te partes la cara con cada verso Estás trempado como un perro en celo y las musas descansan desnudas sobre la cama Tus dedos restallan como relámpagos furiosos sobre las teclas y la esquizofrenia paranoide se hace cargo de tu birome Las hojas se acumulan, puñados de cuartillas, montones de páginas de genialidad e inspiración sobresdrújula se hacinan entre botellas vacías y colillas moribundas Hasta que el amanecer te alcanza y languideces como una mariposa politoxicómana, y te derrumbas sobre la cama Borracho Destruido Maldito
Otro día nace entonces El sol sale de nuevo por el Este Estás despierto Otra vez Pones el café a calentar Te das una ducha y untas de mantequilla las tostadas Entonces te acercas hasta la mesa y enciendes un cigarrillo y lees Palabras y más palabras Amalgamadas Ensortijadas Pura basura restregada
Nada de lo que creías recordar
TRADUCCIÓN AL PORTUGUÉS POR CORTESÍA DE FARLLEY DERZE
CRIAÇÃO AMALDIÇOADA Todos já experimentamos alguma vez Sentamo-nos para escrever à máquina com garrafas de vinho umas latas de cerveja e alguns maços de Camel sabendo que a inspiração chegaria em algum momento Embriagado de sofrimento os poemas ensaiam sua dor no fundo de um copo Depois de uns goles de Jack Daniel’s Seguido de um sopro nos pulmões Te sentes seguro tempo passa e isso importa artista voltou, pensas saboreando cada instante que precede à vinda da palavra adequada Então imaginas os miolos de Hemingway esparramados no chão ou Roberto Bolaño sonhando com o seu transplante num quarto de hospital E te jogas quebrando a cara a cada verso Estás tremendo como um cão no cio e as musas repousam nuas sobre a cama Teus dedos estalam como relâmpagos furiosos sobre as teclas e a esquizofrenia paranóica toma conta de tua caneta As folhas se acumulam, um bando de folhas, montes de páginas de genialidade e inspiração pré-paroxítonas se comprimem entre garrafas vazias e pontas de cigarros moribundas Até que o amanhecer te alcança e definhas como uma mariposa politoxicômana, e desabas sobre a cama Bêbado Destruído Amaldiçoado Mais um dia nasce sol sai de novo pelo leste Estás desperto Outra vez Põe o café pra esquentar Toma um banho e passa manteiga nas torradas Então te aproximas da mesa e acende um cigarro e lês Palavras e mais palavras Amalgamadas Misturadas Puro lixo esfregado Nada do que pensavas ter escrito A Tradução do espanhol para português: Farlley Derze [Farlley Derze]
Y te preguntas…
¿qué caos bulle en mi cabeza?
y no obtienes respuesta,
tan solo sabes que las palabras se amontonan,
como se amontonan las ideas,
de una manera que no hay forma de ordenarlas,
«si es que no casa ninguna» te dices,
quizá esas dos botellas de vino,
esas latas de cerveza, los cigarrillos
y los dedos de Jack Daniels,
han enturbiado tus ideas, seguro que sí.
Un abrazo.
Todos já experimentamos alguma vez
Sentamo-nos para escrever à máquina
com garrafas de vinho
umas latas de cerveja
e alguns maços de Camel
sabendo que a inspiração
chegaria
em algum momento
Embriagado de sofrimento
os poemas ensaiam sua dor no fundo de um copo
Depois de uns goles de Jack Daniel’s
Seguido de um sopro nos pulmões
Te sentes seguro
o tempo passa
e isso importa
O artista voltou, pensas
saboreando cada instante
que precede à vinda da palavra adequada
Então imaginas os miolos de Hemingway
esparramados no chão
ou Roberto Bolaño sonhando com o seu transplante
num quarto de hospital
E te jogas quebrando a cara a cada verso
Estás tremendo como um cão no cio e as musas
repousam nuas sobre a cama
Teus dedos estalam como relâmpagos furiosos sobre as teclas
e a esquizofrenia paranóica toma conta de tua caneta
As folhas se acumulam, um bando de folhas, montes de páginas
de genialidade e inspiração pré-paroxítonas
se comprimem entre garrafas vazias e pontas de cigarros moribundas
Até que o amanhecer te alcança e definhas
como uma mariposa politoxicômana,
e desabas sobre a cama
Bêbado
Destruído
Amaldiçoado
Mais um dia nasce
O sol sai de novo pelo leste
Estás desperto
Outra vez
Põe o café pra esquentar
Toma um banho
e passa manteiga nas torradas
Então te aproximas da mesa
e acende um cigarro
e lês
Palavras
e mais palavras
Amalgamadas
Misturadas
Puro lixo esfregado
Nada do que pensavas ter escrito
Autor: Rafael López Vilas ([Elloboestaaqui])
Tradução do espanhol para português: Farlley Derze
👌
Me gustaLe gusta a 1 persona
Gracias Pippo
Me gustaLe gusta a 1 persona
Excelente. Aunque tiene más de leyenda que de la realidad del escritor. Impecable trabajo.
Me gustaLe gusta a 1 persona
Gracias
Me gustaLe gusta a 1 persona
Y te preguntas…
¿qué caos bulle en mi cabeza?
y no obtienes respuesta,
tan solo sabes que las palabras se amontonan,
como se amontonan las ideas,
de una manera que no hay forma de ordenarlas,
«si es que no casa ninguna» te dices,
quizá esas dos botellas de vino,
esas latas de cerveza, los cigarrillos
y los dedos de Jack Daniels,
han enturbiado tus ideas, seguro que sí.
Un abrazo.
Me gustaMe gusta
Gracias. Un abrazo
Me gustaLe gusta a 1 persona
Me causó gracia el final. Llevo poco tiempo escribiendo, mas lo he vivido en carne, por suerte. O por desgracia.
Saludos
Me gustaLe gusta a 1 persona
Saludos
Me gustaMe gusta
Hola.
Yo hize una tradución al portugues.
QUANDO O UIVO DO LOBO SOA NA NOITE…
CRIAÇÃO AMALDIÇOADA
Todos já experimentamos alguma vez
Sentamo-nos para escrever à máquina
com garrafas de vinho
umas latas de cerveja
e alguns maços de Camel
sabendo que a inspiração
chegaria
em algum momento
Embriagado de sofrimento
os poemas ensaiam sua dor no fundo de um copo
Depois de uns goles de Jack Daniel’s
Seguido de um sopro nos pulmões
Te sentes seguro
o tempo passa
e isso importa
O artista voltou, pensas
saboreando cada instante
que precede à vinda da palavra adequada
Então imaginas os miolos de Hemingway
esparramados no chão
ou Roberto Bolaño sonhando com o seu transplante
num quarto de hospital
E te jogas quebrando a cara a cada verso
Estás tremendo como um cão no cio e as musas
repousam nuas sobre a cama
Teus dedos estalam como relâmpagos furiosos sobre as teclas
e a esquizofrenia paranóica toma conta de tua caneta
As folhas se acumulam, um bando de folhas, montes de páginas
de genialidade e inspiração pré-paroxítonas
se comprimem entre garrafas vazias e pontas de cigarros moribundas
Até que o amanhecer te alcança e definhas
como uma mariposa politoxicômana,
e desabas sobre a cama
Bêbado
Destruído
Amaldiçoado
Mais um dia nasce
O sol sai de novo pelo leste
Estás desperto
Outra vez
Põe o café pra esquentar
Toma um banho
e passa manteiga nas torradas
Então te aproximas da mesa
e acende um cigarro
e lês
Palavras
e mais palavras
Amalgamadas
Misturadas
Puro lixo esfregado
Nada do que pensavas ter escrito
Autor: Rafael López Vilas ([Elloboestaaqui])
Tradução do espanhol para português: Farlley Derze
Me gustaLe gusta a 1 persona
É unha boa traducción. A verdade é que non sei ben qué dicir, excepto, supoño, muito obrigado…
Me gustaMe gusta
Un placer.
Me gustaLe gusta a 1 persona
O placer é meu, de verdade. Obrigado polo teu traballo. Se che parece poñereino ampliando a entrada.
Me gustaLe gusta a 1 persona
Gracias Farlley, un placer
Me gustaMe gusta
Jajaja,tienes que dejar de fumar…yo lo hice hace 2 años, aún así soy capaz de escribir, leer e incluso estudiar!
Me gustaMe gusta